Cadáveres da democracia (o medo tomou conta das ambulâncias,
a secretária do diabo faz planos para o nosso enterro e, desterrados tememos o
pior: nunca estar em terra nossa), a juventude vamos gastando sob o letreiro
néon que diz: o trabalho liberta. Neste campo concentrado do desgaste da hora,
sem um deus do nosso lado, as grilhetas da mediocridade aferroadas aos
tornozelos, uma cortina de ódio nos olhos, entregar-nos-emos ao desespero?
Poderemos gritar alto: "não sou um rato"? Eles bem sabem que todos
temos um ponto em que dobramos ou partimos.
(GV, em 19 Fev 2013)
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